quarta-feira, 6 de julho de 2011

Perpétua intercede por estudantes brasileiros

 
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) antecipou o seu retorno a Brasília, neste fim de semana, para agilizar uma audiência com o embaixador da Bolívia no Brasil, José Alberto Gonzales.O encontro, que pode ocorrer a qualquer momento, terá o reforço do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), coordenador do Grupo Parlamentar Brasil-Bolívia, com o objetivo reverter a norma baixada pelo governo boliviano que exige visto de permanência dos brasileiros que estudam naquele país.

A deputada quer garantir a presença dos brasileiros nos exames para revalidar seus diplomas, previsto para o próximo dia 15. “Todos sofreram para conquistar o direito de fazer as provas. Lutamos desde 2002 para isso.

Esta medida, tomada de forma unilateral, causa desconforto político por descumprir acordos internacionais e de reciprocidade entre Brasil e Bolívia. Obviamente, tudo isso está mexendo diretamente com a sobrevivência dos alunos”, disse a deputada, que, na manhã desta segunda-feira, requereu, junto à Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, uma consulta legislativa sobre o caso.

Dentre os que fazem medicina em várias províncias bolivianas, 700 (a maioria acreanos) estão em Cobija. A vingar as normas baixadas por Evo Morales, eles serão obrigados a fixar moradia naquela cidade após serem submetidos a atestado de vida e residência que passou a ser exigido pelos bolivianos com o endereço fixo no território estrangeiro. Cada estudante precisaria investir cerca de R$ 1 mil para não serem considerados clandestinos.

Centenas de mensagens foram envidas ao gabinete da deputada por estudantes que pedem socorro e se sentem discriminados. A exigência de exames anti-HIV e cobranças excessivas de taxas foram objeto de reclamações dos estudantes relatadas à deputada, que fez chegar as queixas à Embaixada do Brasil em La Paz (capital administrativa do país) meses atrás.

À época, as autoridades bolivianas prometeram tomar providências. Uma das denúncias mais graves era a exigência de que as estudantes mulheres fizessem a cada seis meses exames para verificar se tinham o vírus da Aids, um pré-requesito alegadamente “preventivo” e obrigatório para a renovação do visto. Alguns universitários afirmam que, em algumas situações, o valor de um determinado serviço é cobrado em dobro porque o cliente é brasileiro.

Representantes do governo boliviano afirmaram que a presença dos jovens brasileiros afetou significativamente a cultura das cidades onde eles estão residindo, fato que porque o poder aquisitivo dos jovens que chegam à Bolívia, em geral, é mais elevado do que o do boliviano médio. Para analistas sociais, as restrições aos brasileiros não podem ser vistas como xenofobia, mas apenas resistências ao novo e diferente.

A Assembleia Legislativa do Acre receberá os estudantes na próxima quinta-feira. O parlamento tenta reverter a medida junto ao Departamento de Pand

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