sexta-feira, 24 de junho de 2011

Senado: CCJ rejeita mandato de cinco anos

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira (22) o aumento para cinco anos do mandato de presidente da República, governadores e prefeitos. 
Os senadores da comissão aprovaram o texto substitutivo do relator, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que mantém os quatro anos de mandato hoje em vigor e prevê ainda a coincidência das eleições municipais, estaduais, distrital e federal. 
As informações são da Agência Senado.A proposta de emenda à Constituição foi apresentada pela Comissão de Reforma Política do Senado e enviada para análise da comissão antes de ser submetida ao plenário. Em seu voto, Calheiros disse que o mandato de cinco anos "seria uma espécie de contrapartida" pelo fim da reeleição de presidente, governadores e prefeitos, medida prevista em outra PEC, também rejeitada pela CCJ. Para ele, a mudança representa a não coincidência entre o mandato do presidente da República e o dos parlamentares, "fator que dificulta a governabilidade e facilita a ocorrência de crises institucionais". Segundo o senador, a mesma duração de mandatos do Executivo e do Legislativo favorece a sintonia de agenda dos dois poderes, "em proveito da governabilidade e da eficiência administrativa".O texto aprovado prevê uma mesma data para os pleitos para, segundo Calheiros, ser um "elemento motivador do entendimento entre os partidos políticos e as lideranças municipais, estaduais e federais, em benefício do interesse nacional". Segundo ele, a medida reduzirá os custos das campanhas e dos gastos da Justiça Eleitoral. "O sistema atual, com eleições a cada dois anos, exige maior dispêndio de recursos humanos e financeiros, por parte da sociedade e do Estado", afirmou.
Para assegurar os direitos adquiridos pelos atuais mandatários, a medida seria adotada apenas em 2018. Dessa forma, os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 teriam, excepcionalmente, mandatos mais curtos, de apenas dois anos - o que propiciaria a unificação dos pleitos a partir de 2018.
Quanto às mudanças da data de posse de chefes do Executivo previstas na PEC, o relator acatou a proposta de posse de governador no dia 10 de janeiro e de presidente da República no dia 15 do mesmo mês, mas propôs, no substitutivo acolhido na CCJ, a posse de prefeitos no dia 5 de janeiro, e não no dia 10, conforme previsto no texto original encaminhado pela Comissão de Reforma Política.
Fonte: Terra

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